Nosso terceiro e último dia em terra lisboeta começou um
pouco mais tarde do que o normal. Saímos do hotel em busca da loja "A vida Portuguesa" onde encontramos artesanatos e
alimentos típicos portugueses, em embalagens inspiradas nos originais ou
antigas.
Depois das comprinhas,
retornamos ao hotel para deixar as sacolas e agora sim, era hora de bater
perna.
No dia anterior enquanto passeávamos de tram (elétrico) minha amiga
notou um restaurante que parecia espetacular e combinamos de almoçar nele no
dia de hoje, até aí tudo certo.
Quem leu nosso segundo dia notou que no final da tarde
fizemos alguns roteiros de elétrico, e por muitas vezes descemos em alguns pontos e
subimos em outros tram. O que a nossa
memória lembrava sobre o referido restaurante era que estava perto do elevador
da Glória e que passamos pela frente. Porém, qual era a linha do tram
que estávamos quando passamos pela frente não.
Resumindo, caminhamos muito, andamos de Tram mais ainda e algumas horas
depois encontramos o elevador. Se perder e se achar sem compromisso numa viagem
faz parte e você ainda fica com boas histórias para contar.
O elevador da Glória é mais um dos símbolos de Lisboa, e
acreditem, vale a pena cada centavo para subir a íngreme Calçada da Gloria. Nós
ainda estamos usando o ticket do yellowbus, então não pagamos em nenhuma viagem
de Tram, ascensores ou elevadores da Carris.
O elevador faz a ligação entre a praça dos Restauradores e o
Bairro Alto numa viagem de 265 metros para cima e para baixo.
Já que chegamos até aqui, pedimos uma atraente e deliciosa
cataplana de frutos do mar, acompanhada de torradas e vinho branco, é claro.
Valeu à pena todos os desencontros até aqui, ficamos mais de uma hora
apreciando o local e a comida.

Depois do almoço, retornamos para a parte baixa da cidade
(de elevador é claro!), e fomos tomar um café no histórico (inaugurado no
século 18) Nicola café. Está localizado na Praça Dom Pedro IV, e ficou
conhecido pode ser frequentado por escritores e políticos, principalmente pela
presença constante na época do poeta Bocage.

Próximo ponto é o Castelo de São Jorge, novamente de
elétrico, descemos na parada chamada Porta do Sol, essa é a mais próxima para a
visita ao Castelo de São Jorge. Mas não se engane, da parada até a porta do
Castelo há muito o que subir, se você tiver dificuldade de locomoção eu indico
um táxi. Na parada Porta do Sol fica
também o Miradouro Santa Luzia, vale apreciar a vista antes de seguir para o
castelo.

Essa é a nossa última noite em Lisboa e claro o nosso jantar
ao som de fado já está reservado. Depois de quase três dias caminhando e
conhecendo os cantinhos desta terra, não poderíamos ir embora sem ouvir Fado.
Canção popular portuguesa mundialmente conhecida pelas lamúrias. Ir a Portugal
e não ouvir um fado é como ir na Argentina e não escutar um Tango.


A casa tem um grupo fixo de fadista e acompanhantes que se reversam entre as apresentações.
Encerramos nossa passagem por Lisboa com chave de ouro,
amanhã seguimos para Paris. Até breve.